Prestes a ser indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para ocupar uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino (PSB) está trabalhando para obter aprovação com 60 votos no plenário do Senado Federal.

A crise desta semana entre senadores e o Supremo parece não ter frustrado as expectativas do ex-governador do Maranhão, que, nos bastidores, realiza os cálculos políticos e matemáticos com o apoio de aliados no Congresso Nacional.

Dino atua em duas frentes: a primeira visa aparar as arestas junto ao presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Casa, Davi Alcolumbre (União Brasil), garantindo uma sabatina célere; a outra envolve contabilizar a expectativa de votos e atender às demandas dos senadores governistas e de oposição.

A articulação conta com a anuência de Lula, que mobilizou, nesta semana, a Casa Civil e o Ministério de Relações Institucionais para sinalizar a disposição do governo em apoiar a indicação de Dino.

Cristiano Zanin, indicado por Lula em junho deste ano, obteve o apoio de 58 senadores. Antes, os atuais ministros Kássio Nunes e André Mendonça tiveram seus nomes aprovados pelo Senado, após a indicação de Jair Bolsonaro, com 57 e 47 votos, respectivamente.