paredão da segregação

Viaduto da Holandeses divide área nobre e é criticado por moradores

Fazendo valer a máxima de que “alguns são mais iguais que os outros”, o Viaduto da Holandeses começa a ganhar forma. Erguido no início da Avenida Litorânea, na confluência com a Avenida dos Holandeses, o grande paredão de concreto divide ao meio a área mais nobre da cidade, provocando uma separação entre quem tem ou não alguns privilégios, como a luz do sol e a vista do mar.

Para quem fica à esquerda do viaduto, no sentido Calhau-Ponta d’Areia, restou a sombra e a escuridão. O sol se põe mais cedo para os que são “menos iguais”. Já no lado direito, onde ficam prédios residenciais de alta arrecadação em tributos, fica a exclusividade da contemplação da natureza.

Em termos de trânsito, pouco muda em termos práticos. Nada que justificasse a existência do engenhoso monstrengo, comparado por alguns com o viaduto construído no município de Bacabeira, abrindo passagem para acesso a Rosário e outros municípios do Munim.

“São Luís tem poucas áreas bonitas do ponto de vista urbanístico. Essa era uma das poucas áreas: arejada, aberta, verde, bonita naturalmente. Essa área, justamente essa área, estão destruindo. Acabando. Induziram o Governador ao erro ao fazer uma obra medonha com características dos anos 1960 / 1970. Obra bruta”, diz o ex-subprefeito do Centro Histórico, Fábio Henrique.

A promessa de antigos moradores da região é a de fazer protestos quando a obra for entregue pelo governador Carlos Brandão (PSB), o que só deve acontecer no próximo ano. Até o momento, a obra está orçada em R$ 10.592.197,41.

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