É consenso entre analistas políticos locais a derrota do candidato Wellington do Curso (PP) no primeiro turno ocorreu em função do seu péssimo desempenho nos debates eleitorais, mais precisamente nos confrontos com Eduardo Braide (PMN). Porém, analisando friamente as discussões de algumas semanas atrás, entre os tantos erros de avaliação de WC, suas denúncias contra o adversário eram verdadeiras. Poucos deram atenção, mas, agora, o candidato do PMN começa a ser desmascarado.

A mais evidente aconteceu no debate da TV Mirante, no dia 29 de setembro, três dias antes das eleições. Wellington se defendia de mais uma tentativa de constrangimento, pelo arrogante Braide, quando perdeu a tranquilidade e “jogou no ventilador” a informação que o colega de bancada destinou emendas para Anajatuba, município onde “Braide pai”  montou um esquema de agiotagem.

– O deputado diz que enviou emendas para a saúde, é louvável mas também deveria explicar o destino das suas emendas para Anajatuba que inclusive é objeto de investigação da Polícia Federal.

No direito de reposta, o candidato do PMN classificou como caluniosas as afirmações, disse nunca ter sido investigado na sua vida e processaria jornalistas e blogueiros que publicassem a notícia. Documentos que o blog teve acesso comprovam que Braide destinou R$ 70 mil ao seu ex-assessor de gabinete e empresário Fabiano Bezerra, dono da FCB Produções e Eventos Ltda. Relatório datado de 2015, o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas – GAECO do Ministério Público, constatou fraudes na licitação e desvio de recursos destinados ao Carnaval 2014 no Município de Anajatuba, beneficiando a empresa F C B Produções. Poucos deram importância, mas Wellington estava certo.

No mesmo debate da Mirante, Braide se gabava de sua atuação parlamentar, mas Wellington em posse de uma papelada revelou que em seis anos como deputado estadual Eduardo aprovou apenas cinco projetos de leis, menos de um por ano.

Para completar, WC ainda trouxe à tona o montante recebido por Braide em emendas parlamentares, a fortuna de R$ 24 milhões. Esses recursos só chegaram a São Luís entre 2015 e 2016, quando ele decidiu disputar a Prefeitura e desse total, apenas R$ 200 mil foi destinado ao município.

É necessário esse reconhecimento. O progressista avisou sobre Braide e por essas razões não apoiará o adversário no segundo turno.