Reportagem do Jornal Pequeno publicada neste domingo (18) revelou que a intenção do candidato Wellington do Curso (PP), ao tomar posse de um terreno em uma área de proteção ambiental que pertence ao Estado, era de construir uma casa de veraneio para desfrutar dos momentos de lazer, assim como fazem os poderosos do Maranhão.

Ele é réu em Ação de Reintegração de Posse.

Segundo a ação, movida pelo Governo do Estado, em 5 de novembro de 2011, ele murou o terreno que tem uma área de 6.252,96 m², dentro do Sítio Santa Eulália, localizado entre os bairros do Jaracati e do Cohafuma. A área pertence ao Fundo Estadual de Pensão e Aposentadoria (FEPA).

De acordo com o procurador do Estado, Francisco Jomar Câmara, a ação de Wellington é “clandestina e violenta, merecendo, portanto provimento jurisdicional para repelir o esbulho, sob pena de se dar guarida a grilagem urbana, sem que o invasor possa usar e gozar do bem público sem pressa previsão legal”.

Chama a atenção a incoerência de Wellington em sua defesa.

Primeiro ele afirmou que possuía  documentação do terreno há sete anos, o que não foi aceito pela PGE, já que Wellington não apresentou o justo título do imóvel, ao contrário do Estado do Maranhão, que registrou no Cartório de Registro de Imóveis a aquisição da propriedade. Depois ele jogou o processo “nas costas” do irmão e “bode expiatório” José Carlos de Castro Bezerra, o mesmo que aparece como dono do Curso Wellington.

“Quem adquiriu o imóvel foi meu irmão, conforme o contrato de compromisso de compra e venda e procuração registrada em cartório que aqui apresento”, justificou o enrolado candidato.