Eliziane Gama: a candidata que virou picolé

Até o mês de junho, a candidata à prefeita, Eliziane Gama, do PPS, era a grande favorita a vencer as eleições deste ano. Liderava todas as pesquisas, com uma boa margem sobre o prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT) e ninguém imaginaria uma aproximação de Wellington do Curso (PP) e muito menos de Eduardo Braide (PMN), que nem candidato era ainda. Quatro meses depois, Eliziane caiu para uma indesejada quarta colocação, poucas acreditam em uma virada e apenas um milagre poderia levá-la a um improvável segundo turno, como apontou a pesquisa Data M.

Mas o que deu errado…

Para alguns cronistas políticos houve certa soberba de Eliziane. Acreditando em vitória, acabou descuidando das bases na capital e se dedicando mais as suas atribuições como deputada federal. Atitude louvável profissionalmente, terrível eleitoralmente. Enquanto esteve na capital federal, os adversários estiveram em São Luís percorrendo bairros e recrutando militantes.

A indefinição de legenda foi outro fator que contribui para sua derrocada. Depois de sair do PPS foi para a REDE, como o partido de Marina Silva não poderia lançar candidatura voltou ao PPS, mas já com outro clima e sobre o olhar torto de figuras históricas do partido.

Seu voto no impeachment trouxe a ela uma rejeição que nem mesmo a própria coordenação de campanha esperava. A deputada maranhense que menos gasto teve no Congresso Nacional foi taxada de golpista pelos ludovicenses, que deram a maior votação proporcional a ex-presidente Dilma.

Mudanças na coordenação de campanha trouxeram um clima de apreensão e insegurança. Pelo menos três publicitários passaram pela equipe, mas quem sempre segurou o barco foram aliados locais, que se dedicaram muito a “irmãzinha”. Mas o tempo foi curto, a campanha eleitoral não permitia recuperação e as pesquisas mostraram isso.

Eliziane teve a grande à oportunidade de se tornar prefeita, mas deixou a chance passar entre suas mãos pela simples falta de estabelecer prioridades. A deputada federal poderá dizer que possui uma carreira politica ilibada, sim é verdade, mas na politica é preciso mais que um bom currículo para vencer.

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