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Maranhense deixa relatoria do TCU sobre acordo de leniência da UTC

O Globo – O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Raimundo Carreiro protocolou nesta quinta-feira, às 18h 27m, ofício em que se declara impedido de ser o relator na Corte de acordo de leniência proposto pela construtora UTC. Carreiro é investigado em inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF), por suspeita de ter recebido propina do dono da empreiteira, conforme o GLOBO mostrou na edição desta sexta-feira.

Esse tipo de acordo, equivalente à delação premiada de pessoas físicas, é negociado entre as empreiteiras investigadas na Operação Lava-Jato e o governo federal.

O TCU acompanha cada etapa, com a designação por sorteio de um relator para cada processo. Carreiro cuida da proposta feita ao governo pela UTC.

Em delação premiada, o dono da empreiteira, Ricardo Pessoa, afirmou ter pago R$ 50 mil mensais ao advogado Tiago Cedraz, filho do presidente do TCU, Aroldo Cedraz, para obter informações privilegiadas do órgão. O interesse principal do empresário era em processo no tribunal sobre obras da usina nuclear Angra 3, em Angra dos Reis (RJ), relatado por Carreiro.

Em junho de 2015, o Supremo autorizou a abertura de um inquérito oculto para investigar o ministro e o advogado. O procedimento tramitou em total sigilo até dezembro. Em julho do ano passado, Carreiro começou a atuar como relator do acordo de leniência proposto pela UTC.

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