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Opinião: Dilma perdeu a moral para governar

A ex-presidente em exercício Dilma Rousseff fez o que dela se esperava agora há pouco na posse de Lula para o seu terceiro mandato. Mostrou indignação. Fez papel de vítima. Criticou duramente a divulgação dos áudios por Sérgio Moro. E disse que são frutos de grampos ilegais.

Ou Dilma é realmente inepta ou acha que todos, nós brasileiros, somos.

A questão fundamental não é a ilegalidade dos grampos. É a IMORALIDADE do ato praticado por uma presidente da República. Dilma jogou no ralo “a majestade do cargo”. Tentou de maneira canhestra ludibriar a Justiça. Agiu como se fosse apenas membro de uma facção e não a mandatária de toda uma nação.

Cabe à própria Justiça, agora, decidir se os áudios servirão de prova na operação Lava Jato, e se, até mesmo, como gostaria Dilma, Moro vai sofrer alguma sanção severa pelo que fez. Dilma deixou claro que usará toda a força que ainda dispõe para penalizar os que gravaram o áudio. Nada a contestar nessa cruzada de Dilma. Que ela use todo o arsenal jurídico e institucional ao seu dispor.  Faz parte do jogo político. E Moro que se defenda. Ele deve saber bem o vespeiro em que ia se meter.

Mas reitero: o que importa não é se os grampos são ilegais ou não. É o que está contido neles.

Depois daquela conversa (mais apropriada para malandros) com Lula, Dilma não tem mais condição nenhuma de governar. Desceu do Olimpo para a planície mais rasteira. Os brasileiros ficamos sabendo do que ela é capaz para dar guarida aos seus. Do quanto pode se abaixar para servir o que há de mais podre no cenário político.

Como Dilma pode encarar agora os ministros do Supremo Tribunal Federal? Como falar em combater a corrupção quando tentou proteger descaradamente um político acusado de ser o mentor da maior roubalheira que tivemos notícia?

Dilma perdeu a envergadura moral.

E isso é o pior que poderia ter acontecido a ela nesse momento que tenta salvar seu governo.

Domingos Fraga, do R7

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