PEGOU MAL

Paralisação de prefeitos é criticada por deputados na Assembleia Legislativa

O anúncio de convocação para uma “paralisação dos atendimentos” das prefeituras maranhenses, fomentada pela Famem, não foi bem recebido na Assembleia Legislativa do Maranhão. Em discursos distintos, os deputados Carlos Lula (PSB) e Claudio Cunha (PL) posicionaram-se contrários à medida. Lula mostrou-se preocupado com as razões da manifestação e com os impactos nas atividades dos municípios, que não estavam bem explicados.

“O evento, pelo que me parece, não está sendo bem compreendido pela sociedade, com razão, apesar de vários estados do Nordeste estarem fazendo pressão junto ao Governo Federal para paralisar as atividades nas sedes das prefeituras no dia 30. O debate, na verdade, precisa ser compreendido pela sociedade como algo que pode avançar”, iniciou Carlos Lula, acrescentando uma explicação para a queda nos repasses do Fundo de Participação dos Municípios, principal queixa dos prefeitos que pretendem aderir ao movimento:

“A queda na arrecadação do FPM ocorre devido ao aumento da isenção da alíquota de Imposto de Renda e à isenção de alguns itens de IPI, como carros e produtos da linha branca. Com a redução na arrecadação do Governo Federal, consequentemente, ocorre uma diminuição na verba destinada ao FPM”, elucidou, indicando o desenvolvimento econômico e a geração de renda nos municípios como soluções para compensar essas perdas.

Na sequência, o deputado estadual e ex-prefeito Claudio Cunha (PL) concordou com o parlamentar, afirmando que no município onde sua esposa, Val Cunha (PL), é prefeita, não haverá paralisação:

“O que a Famem propõe aos prefeitos do estado do Maranhão, a paralisação, eu sou rigorosamente contra. Em Serrano (do Maranhão), não haverá paralisação. Os prefeitos precisam trabalhar dobrado. Eles têm que ser proativos na busca por soluções para seus municípios. Não é papel do prefeito transformar o município em um cenário de lamentações. Nenhuma crise justifica que prefeitos recorram à greve. Eles devem buscar soluções. Portanto, sou totalmente contrário à paralisação proposta pela Famem”, destacou.

O presidente da Famem e prefeito de São Mateus, Ivo Rezende (PSB), tem concedido entrevistas repetidas à imprensa, somadas a diversas aparições nas redes sociais, queixando-se da diminuição dos recursos do FPM. No entanto, não está claro que tipos de atendimentos deixariam de ser prestados pelas administrações municipais na próxima quarta-feira (30).

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