RENÚNCIA

Vaga de Joaquim Itapary na AML não deve ser preenchida

A renúncia do escritor Joaquim Salles de Oliveira Itapary Filho à sua cadeira na Academia Maranhense de Letras, na última semana, não foi o primeiro caso do tipo na história da instituição, tampouco a primeira motivada por circunstâncias políticas.

No final dos anos 70, o poeta José Nascimento Morais Filho (1922-2009) renunciou à cadeira de número 37 que ocupava. O motivo foi a chegada do médico e ex-governador Pedro Neiva de Santana (1907-1984) ao colegiado, em eleição realizada em meados de 1979.

Na época, Nascimento Morais entregou, na secretaria da AML, o diploma e a insígnia da instituição. O cronista Jomar Moraes (1940-2016), que presidia a AML, devolveu os materiais ao remetente, afirmando que “o regimento da Academia Maranhense de Letras não prevê renúncia, portanto, o senhor Nascimento Moraes continuará sendo considerado membro desse sodalício”.

Se aplicado o mesmo entendimento na situação atual, a cadeira nº 4 continuará pertencendo a Joaquim Itapary de forma vitalícia. O escritor renunciou ao posto após a exoneração de seu filho, Maurício Abreu Itapary, da superintendência estadual do IPHAN, atribuída por Joaquim ao colega de Academia e ministro Flávio Dino.

Em breve, os membros da AML irão decidir sobre a vaga nº 27 deixada pelo poeta Magson Gomes da Silva, falecido no final do ano passado.

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