O tenente da Polícia Militar do Maranhão, Bruno Henrique Mendonça, divulgou nota nesta terça-feira (24) para apresentar sua versão sobre a confusão ocorrida no último domingo (22), em um restaurante oriental no bairro Chácara Brasil, em São Luís. Segundo o oficial, ele foi agredido fisicamente pelo soldado Edson Nascimento de Moura, também integrante da PMMA. O desentendimento teria começado quando Bruno aguardava atendimento no local e foi surpreendido por um ataque, segundo afirma.

O tenente relatou que o soldado se levantou da mesa em que estava e, ao passar por ele, colidiu com seu ombro de forma proposital. Ao virar-se, o oficial teria sido xingado e tido seu braço esquerdo acertado por socos, momento em que a discussão se escalou. Bruno afirma estar sendo alvo de uma “narrativa mentirosa” e que tem sofrido retaliações desde então.

Confira a nota na íntegra:

NOTA À IMPRENSA – TENENTE MENDONÇA

Diante das versões distorcidas que circularam sobre o episódio ocorrido no restaurante Samurai, venho esclarecer que fui agredido fisicamente por um policial militar armado, que não conhecia, mas que foi identificado depois como Soldado De Moura. Diferente do que foi divulgado, não houve qualquer disputa por mesa, mas sim um ataque gratuito, documentado por laudo médico e testemunhas.

Eu, estava parado e em pé, aguardando o atendimento do estabelecimento, afim de requerer esclarecimentos sobre a ordem de chegada, quando o policial Edson Moura, que já estava acomodado em sua mesa na companhia de outras pessoas, levantou-se da mesa e, ao se aproximar para passar ao meu lado, colidiu com meu ombro, aparentemente de maneira proposital por talvez entender que eu estava insatisfeito com ele pela situação, mas não estava. Diante do gesto, eu, virando-me com o intuito de pedir desculpas, mesmo que não estivesse errado, fui surpreendido pelas agressões físicas do policial, que proferiu os dizeres: “O que tu quer, caralho?” E tentou desferir socos contra o meu rosto, vindo a acertar meu braço esquerdo por duas vezes.

E, apesar do meu tom de voz elevado, em nenhum momento reagi de forma descontrolada. Saí em defesa da minha integridade física, como qualquer cidadão faria diante de uma agressão injusta. Saquei minha arma apenas para cessar o ataque, sem efetuar disparos ou ameaças. Após conter a agressão, dei voz de prisão ao autor e guardei meu armamento.

Infelizmente, os vídeos que circularam mostram apenas a situação sem contexto ou explicação dos fatos anteriores. Isso gerou interpretações equivocadas e ataques à minha imagem, motivo pelo qual decidi me manifestar publicamente neste momento.

Aguardei até agora por respeito aos trâmites legais e por estar cumprindo meu dever junto à Justiça. Porém, não posso permitir que uma narrativa mentirosa se sobreponha à verdade. Sempre atuei com responsabilidade, equilíbrio e dentro da legalidade, valores que me guiam como oficial da Polícia Militar.

Reafirmo meu compromisso com a verdade, com a segurança pública e com a ética que carrego em minha vida pessoal e profissional.