Guerra entre facções aumenta violência no Nordeste
A piora nos índices de violência no Nordeste resultou em uma mudança na geopolítica do crime, com estados como Bahia, Pernambuco e Ceará assumindo as primeiras posições em homicídios, superando o Rio de Janeiro. O cenário coloca uma pressão adicional sobre os governadores Jerônimo Rodrigues (PT), Raquel Lyra (PSDB) e Elmano de Freitas (PT), que enfrentarão reeleições sob o peso da crescente criminalidade. A informação foi divulgada pela Veja.
A situação é particularmente delicada na Bahia, que lidera o ranking de homicídios desde 2020 e enfrenta a fragmentação do crime organizado, com catorze facções atuando nos presídios locais.
Trazendo para a realidade maranhense, o estado é um dos cinco que tiveram crescimento no número de mortes violentas em 2023, em comparação a 2022. O aumento foi de de 1,8% em casos de homicídios dolosos (incluindo os feminicídios), latrocínios e lesões corporais seguidas de morte.
A crise de segurança pública no Nordeste também representa um desafio político para o presidente Lula, cujo reduto eleitoral tradicionalmente inclui esta região. A percepção de ineficiência no combate ao crime por parte da esquerda pode minar o apoio ao governo federal.
A expansão do narcotráfico e a atuação de facções como o Comando Vermelho e o PCC complicam ainda mais a situação, ao transformarem estados nordestinos em rotas estratégicas para o escoamento de drogas.
Uma pesquisa da AtlasIntel realizada em maio revelou que 60% dos entrevistados consideram a criminalidade e o tráfico de drogas os principais problemas do país, superando questões como saúde, educação e inflação.
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