Pastores são condenados por causa de exorcismo na frente de terreiro em São Luís
A Justiça do Maranhão condenou três líderes religiosos a pagar indenização e proibiu-os de organizar manifestações contrárias às religiões de matriz africana.
Em abril de 2022, os três líderes organizaram um protesto em frente ao terreiro Casa Fanti Ashanti, que tem mais de 60 anos e se preparava para uma festividade ao orixá Ogum. O grupo utilizou caixas de som, faixas e panfletos para atacar a religião praticada no local.
Segundo a Defensoria Pública do Maranhão, o formato da manifestação sugeria uma tentativa de “exorcizar o templo”, com o uso de expressões como “o demônio precisa ser varrido da rua” e “vamos expulsar os demônios”.
A Justiça determinou o pagamento de R$ 5 mil por danos morais e impôs uma multa de R$ 2 mil para novas manifestações contra religiões de matriz africana e afro-brasileira.
Os condenados são Flávia Maria Ferreira dos Santos, Charles Douglas Santos Lima e Marco Antônio Ferreira, líderes da Igreja Pentecostal Jeová Nissi e da Igreja Ministério de Gideões.