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A “cara de pau” de Adriano Sarney…

O interesse do grupo Sarney no Porto do Itaqui é tanto que existe uma espécie de rodízio de políticos que insistem em defender a federalização, mesmo que isso seja impossível, porque a Empresa Maranhense de Administração Portuária-EMAP tem direito sobre a administração do Porto até 2022. Dessa vez o soldado destacado para a missão foi o deputado estadual Adriano Sarney (PV), que tentou desqualificar o crescimento atual do Porto, mas acabou sendo desmoralizado pelos seus próprios argumentos e seu passado manchado por atos secretos e por comandar um esquema de empréstimos no Senado.

Segundo o deputado, O Porto do Itaqui só obteve faturamento recorde devido à inauguração do Terminal de Grãos do Maranhão-TEGRAM. De fato o novo terminal permitiu maior agilidade e crescimento nas exportações, mas é leviano esse discurso, já que a modernidade não resiste a uma péssima gestão.  Entre os fatores que contribuíram para esse recorde de faturamento estão à revisão dos processos administrativos e operacionais da empresa, a padronização e melhoria de equipamentos para carga e descarga de granéis sólidos, além é claro, da entrada em operação Do Tegram. Adriano se esqueceu de citar, por exemplo, que o Itaqui começou a exportar “carga viva”, ou seja, gado bovino, como aconteceu recentemente, quando 7.700 animais foram transportados em navios para o Líbano. Isso por acaso foi obra do governo passado?

Determinado em atacar o Governo Flávio Dino, Adriano faz uma acusação sem qualquer tipo de prova, de que o Estado deseja manter a gestão do Porto para o “uso desta importante estrutura como cabide de empregos”. Em 2015 o Porto do Itaqui atingiu número recorde de crescimento e investimento. De acordo com a EMAP o lucro bateu na casa dos R$ 68,2 milhões. O crescimento foi de 21% em movimentação de cargas e fechou o ano com recorde histórico de 21,8 milhões de toneladas. O resultado é fruto da revisão de contratos, otimização de processos e melhor aproveitamento do potencial da equipe. Esses recordes só foram atingidos graças a medidas de contenção de despesas e modernização dos terminais.

Além disso, Adriano, em uma súbita crise de “amnésia, esquece que essa prática de “cabine de emprego” é prática usual da sua família. Quem não se lembra dos escândalos dos atos secretos no Senado, proporcionado pelo avô do deputado, o ex-senador José Sarney, que empregou a família toda no Congresso Nacional na calada da noite? Nessa mesma época, se beneficiando da posição de Sarney, a Polícia Federal descobriu que Adriano Sarney operava um esquema do crédito consignado no Senado, através da empresa Sarcris Consultoria, Serviços e Participações Ltda. de sua propriedade. A empresa de Adriano recebeu autorização de seis bancos para intermediar a concessão de empréstimos aos servidores com desconto na folha de pagamento. A PF investiga suspeitas de corrupção e tráfico de influência envolvendo o negócio. Na época a Sarcris não tinha nem endereço.

Claro que por trás dessa pressão está o desejo puro e simples de prejudicar o novo Governo. Como o próprio deputado diz no final do seu artigo, “o que realmente interessa ao povo maranhense é a eficiência e o crescimento deste tesouro prospectado há 50 anos”. Portanto, se o Porto do Itaqui esta obtendo lucro e faturamento recordes, como o próprio deputado confirma, não existem argumentos para defender a federalização, o resto é politicagem.

Em relação ao fato do pai dele, o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, ter recebido R$ 400 mil do delator Sérgio Machado e o avô R$ 18,5 milhões o deputado Adriano Sarney não se pronunciou na Tribuna e muito menos em artigos nas redes sociais.

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