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Absolvição de Roseana foi urdida no interior da Justiça

Há estranhas coincidências ou uma trama bem armada que resultou na isenção da ex-governadora Roseana Sarney (PMDB) no processo em que era acusada de desviar recursos na construção dos 74 hospitais na sua gestão. Os recursos desviados, quase R$ 2 milhões, irrigaram campanhas de políticos ligados ao grupo Sarney e da própria reeleição da ex-governadora.

No início desta semana, por decisão proferida pelo juiz Clésio Coelho Cunha, Roseana foi absolvida das acusações. A decisão do juiz auxiliar Clésio Coelho Cunha indignou o procurador Lindonjonson Gonçalves de Souza. A denúncia do Ministério Público foi apresentada em fevereiro de 2016.

Em maio de 2016, a denúncia foi acolhida pelo juiz Fernando Luiz Mendes Cruz, da 7ª Vara Criminal de São Luís. Cruz tirou férias no período de instrução do processo. Neste período a Corregedoria Geral de Justiça designou um substituto para analisar o processo. O desembargador Guerreiro Júnior, substituindo a Corregedora Anildes Cruz, designou então o juiz Clésio Coêlho Cunha para substitui-lo.

Entre o início das atividades na Vara e a decisão foram apenas 12 dias de trabalho por parte do juiz substituto Clésio Coêlho Cunha. No período em que proferiu decisão, Clésio Coelho Cunha respondia também como substituto pela 1ª Vara da Fazenda Pública e pela 2ª e 3ª Vara Cíveis de São Luís.

O documento do processo contra Roseana contava com nada menos que seis mil folhas. Em favor da ex-governadora e do processo da denominada Máfia da Saúde haviam doze defesas protocoladas. Na decisão sumária, o juiz substituto Clésio Coêlho Cunha dispensou, por exemplo, depoimentos da ré. As defesas dos 17 réus do caso foram deixadas de lado pelo juiz que se ateve apenas a da ex-governadora. Por conta disso todo o trâmite da absolvição de Roseana tende a parar no Conselho Nacional de Justiça.

Com informações do Blog do Garrone

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