Após os ataques da noite desta quinta-feira (19), a Polícia agiu rapidamente e conseguiu prender os principais suspeitos de orquestrarem essas ações criminosas. Uma atitude bem diferente da registrada em 2014, quando a governadora Roseana Sarney esperou a chegada da Força Nacional para reagir, enquanto isso a população ficava a mercê das facções. Dessa vez, em menos de 24h, todos estavam presos e nenhum serviço essencial precisou ser paralisado.

“Ações sérias estão ocorrendo e continuam, com presença nas ruas da Polícia”, garantiu o governador.

No total 36 pessoas foram presas, mas o Governo não se limitou apenas a achar os culpados, de imediato reforçou a segurança em terminais rodoviários, em avenidas da capital e regiões de maior periculosidade, para manter a tranquilidade da população e evitar, por exemplo, uma paralisação dos coletivos. Um velho conceito de que não basta reprimir é preciso dar tranquilidade para que a população se sinta segura.

O próprio Sindicato dos Rodoviários reconheceu os esforços do Governo. A Polícia adotou estratégias para diminuir os índices de criminalidade, principalmente dentro dos coletivos, um exemplo é a “Operação Catraca” que faz abordagens diárias dentro dos ônibus. O resultado foi à queda no número de assaltos.

Em algumas regiões o policiamento está sendo reforçado, como nas áreas da Liberdade, João de Deus, São Francisco, Cohama, Praia Grande, Vila Palmeira e Bairro de Fátima, integrando as ações da ‘Operação Saturação’, da Polícia Militar. “Temos resposta para a criminalidade, a Polícia está agindo com rigor”, disse o comandante-geral da Polícia Militar, coronel José Pereira.

Essas ações já evitaram que novos ataques acontecessem nesta manhã. Mais de 100 policiais que atuam no interior do Estado foram destacados para reforçar as operações do policiamento na capital. “Nossa atuação nas ruas tem sido firme e estamos agindo com rigor. E pedimos à comunidade que colabore com a polícia e procure os batalhões de suas áreas para solucionar problemas visíveis”, reiterou coronel Pereira.

O delegado-geral da Polícia Civil, Lawrence Melo informou que duas linhas de investigação estão sendo consideradas para a apuração dos ataques. Quanto aos suspeitos presos, o delegado-geral diz que foram isolados para que não haja comunicação com integrantes de quadrilhas e é estudada a transferência de alguns líderes para presídios de outros estados. “O objetivo é afastar estes criminosos e diminuir a atuação deles nas quadrilhas que comandam no Estado”, reiterou Melo.

A ação rápida do governador Flávio Dino mostra uma quebra de postura diante em uma comparação com os ataques de janeiro de 2014. Na época, após uma operação da Tropa de Choque da Polícia Militar no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, com o objetivo de diminuir as mortes no presídio, uma série de ataques a ônibus e delegacias foi deflagrada na cidade por duas facções: PCM e o Bonde dos 40.

A onda de terror acabou matando a menina Ana Klara, de seis anos, que teve 95% do corpo queimados. A mãe dela também sofreu queimaduras, além de Márcio Ronny, que ficou famoso por tentar salvar a menina. Na época, por alguns dias a capital viveu dias de terror, a solução da governadora foi apelar para a Força Nacional de Segurança. A resposta não surtiu efeito, já que alguns meses depois após uma transferência de detentos, novos ataques voltaram a ocorrer e a conta sobrou para o secretário de Justiça e Administração Penitenciária, Sebastião Uchoa, que foi demitido. Apesar das tropas federais o Sindicato dos Rodoviários não se sentiu seguro e decidiu recolher os ônibus para as garagens, além disso, 18 detentos foram assassinados dentro de Pedrinhas dm 2014.

No fim da tarde desta sexta-feira (20), o governador informou que novas operações vão ser realizadas durante o fim de semana, com o objetivo de coibir e prender todos os envolvidos nos ataques.

Além disso, vale destacar os investimentos feitos pelo Governo no setor de Segurança Pública em apenas 1 ano e cinco meses. Quando se elegeu, Flávio Dino prometeu dobrar o número do efetivo policial até o final do seu mandato e vem cumprindo. Desde o início da gestão, 1500 novos policiais foram contratados, 54 delegados foram empossados e nos próximos meses novos agentes penitenciários devem estar aumentando a segurança nos presídios depois da finalização do concurso promovido pelo Governo que vai acabar com a terceirização do setor. As novas viaturas da Polícia são equipadas com câmeras externas, o que mostra a modernização do setor. Isso tudo representa investimentos na segurança que proporcionaram a possibilidade da Polícia dar uma resposta rápida, como aconteceu.

Flávio Dino deixou claro que essa briga contra a criminalidade ele vai enfrentar de cabeça erguida.