Notícia

Bolsonaro mantém represália ao Maranhão e ressuscita inquérito arquivado para atacar Flávio Dino

Um inquérito que já havia sido arquivado foi retomado pela Procuradoria Geral da República (PGR) para tentar atacar o governador Flávio Dino. A ação se dá logo após o Maranhão ter derrotado o governo federal no STF, que mandou a União devolver 68 respiradores ao Estado.

O governo Bolsonaro também tinha sofrido um drible, há duas semanas, do governo do Maranhão, que conseguiu comprar e desembarcar 107 respiradores da China sem deixar que eles fossem apreendidos pela União.

Além disso, Dino já havia sido declarado inimigo por Bolsonaro desde o ano passado.

É nesse cenário que a PGR retomou um caso que o Ministério Público Federal já havia considerado improcedente. Trata-se da acusação de compra a mais de gasolina destinado a abastecer um helicóptero da Polícia Militar.

A PGR atua sob o comando do procurador-geral Augusto Aras, nomeado por Bolsonaro.

A manobra para retomar o caso veio acompanhada de uma inconsistência jurídica. O pedido de inquérito foi enviado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) pela subprocuradora-geral da República Lindôra Maria Araujo, responsável pelas investigações de governadores.

Porém, o caso não tem nada a ver com o governador. O contrato está sob a alçada da Secretaria de Segurança Pública, e não do governador. Ou seja, mesmo se houvesse alguma irregularidade, não teria nenhuma relação jurídica com Dino.

Juristas consideram esse tipo de procedimento da PGR um disparate jurídico.

Comentários estão desativados

Uma resposta para “Bolsonaro mantém represália ao Maranhão e ressuscita inquérito arquivado para atacar Flávio Dino”