Braide isola secretário de Turismo em meio a denúncias e desgaste na gestão
Conforme apuração do Marrapá, fontes próximas ao gabinete do prefeito Eduardo Braide revelam uma insatisfação crescente com a gestão do secretário de Turismo de São Luís, Saulo Santos.
Incidentes recentes, como a invasão hacker em um evento sobre a pauta LGBTQI+ que repercutiu negativamente nas redes sociais, têm colocado a Prefeitura em uma situação delicada e intensificado as críticas à administração municipal.
Fontes afirmam que Braide não se encontra com Saulo há meses e, em uma tentativa de pressioná-lo a deixar o cargo, teria interrompido o pagamento das despesas da Secretaria de Turismo.
Embora o prefeito tenha optado por manter Saulo até o fim do mandato, o acúmulo de problemas sugere que o secretário pode estar com os dias contados.
Entre as principais denúncias estão os gastos excessivos com passagens aéreas e diárias, atualmente sob investigação.
O Portal da Transparência da Prefeitura tem sido consultado com frequência por opositores de Braide, que monitoram as despesas e decisões de Saulo de perto.
As acusações contra o secretário incluem ainda a suspensão de programas tradicionais da pasta, alguns com mais de 20 anos de história. Enquanto eventos importantes para o calendário da cidade são deixados de lado, Saulo estaria priorizando viagens pelo Brasil e pelo exterior, o que tem gerado desconforto no núcleo da gestão.
Há também denúncias sobre a distribuição de passagens aéreas para pessoas sem vínculo oficial com a Prefeitura, ampliando as suspeitas em torno da administração de recursos.
Uma auditoria estaria em andamento, com a elaboração de um relatório que deve ser encaminhado aos órgãos de controle para responsabilização. O gabinete do prefeito monitora de perto as ações de Saulo, incluindo registros de diárias pagas em períodos em que ele se encontrava publicamente em São Luís.
A situação chegou a expor a Controladoria-Geral do Município, criticada pela falta de rigor na liberação de diárias, o que tem gerado um elevado gasto com passagens e diárias, sem justificativas claras que sustentem esses pagamentos.