Defenestrado pelo governador Flávio Dino, que parece disposto a reavaliar sua “opção pessoal” até a reunião prevista para o final de janeiro com partidos que compõem a base do Palácio dos Leões, o vice-governador Carlos Brandão também está fora dos planos do PSB nacional.

Ainda filiado ao PSDB, o poste dinista afirma a aliados que pretende mudar de ninho, na expectativa de entrar nas contas da legenda socialista em uma possível federação com o PT, PCdoB e PV.

Acontece que o presidente nacional da sigla, Carlos Siqueira, sequer considera a hipótese de quebrar lanças pela “opção pessoal” de Flávio Dino. Segundo a imprensa nacional, o vice maranhense não aparece entre as prioridades do dirigente socialista para 2022.

Em troca de apoio à candidatura de Lula, Siqueira tem exigido que o PT apoie pré-candidaturas do partido ao governo apenas em São Paulo, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Rio de Janeiro e Espírito Santo. No entanto, o ex-presidente não dá sinais de que pretende ceder, o que impossibilitaria tanto um acordo para a formação da chapa presidencial quanto para a oficialização da federação de esquerda.

Se trocar o PSDB pelo PSB à espera de subir o palanque lulista, o tucano Carlos Brandão provavelmente dará com os burros n’água.

Na hipótese de um acerto entre petistas e socialistas, Dino não teria condições de bancar candidaturas de governador e senador por um mesmo partido. Num cenário de desarranjo entre PSB e PT, prevaleceria a posição petista em apoio à candidatura ao governo do pedetista Weverton Rocha.