Cenário eleitoral em São Luís cobra engajamento de Brandão e Camarão
Com a eleição para a prefeitura de São Luís se aproximando, há uma clara falta de engajamento dos grupos políticos de Carlos Brandão e Felipe Camarão, que representam a ala deixada pelo ex-governador Flávio Dino. Ambos têm se dedicado, nos últimos dias, a agendas no interior do estado. Camarão, por exemplo, já avisou que só retornará à capital em 5 de outubro, um dia antes da votação.
Apesar da importância do pleito, por se tratar da principal cidade do estado, a impressão é que as lideranças estão hesitantes em mergulhar de cabeça na disputa. As razões podem ser diversas, mas o impacto de uma provável vitória de Eduardo Braide (PSD) no primeiro turno seria devastador.
A situação se agrava com a possibilidade de Braide garantir a reeleição já na primeira rodada de votação. Esse resultado refletiria não apenas uma derrota para o candidato Duarte Júnior (PSB), mas para todo o grupo político apoiador da atual gestão estadual, incapaz de garantir, ao menos, a chegada ao segundo turno.
Vale destacar que 12 partidos embarcaram em uma frente ampla para apoiar o candidato governista. Já na semana da eleição, é difícil que o cenário seja revertido, mas ainda existem chances, embora pequenas.
Uma vitória de Braide no primeiro turno representaria o triunfo sobre forças políticas poderosas, incluindo o governo estadual, a vice-governadoria, boa parte da Assembleia Legislativa e outras lideranças.
Esse resultado coloca em xeque os apoios de Lula e Jair Bolsonaro, cada um com seu candidato na capital. O caso de Lula é ainda mais emblemático, pelo fato de o petista ter no Maranhão um reduto histórico, com eleitores fiéis. Longe das discussões apaixonadas entre direita e esquerda, o prefeito prefere a discrição.
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