Defenestrado

De como Flávio Dino usa e descarta a esquerda maranhense

Ao final de 7 anos de e 3 meses à frente do Palácio dos Leões, o agora ex-governador Flávio Dino deixa para a esquerda maranhense um legado de absoluta fragilidade e desmantelo interno nas agremiações. Com exceção do PDT, partido da esquerda mais forte no Maranhão, herdeiro da longa trajetória de Jackson Lago, PCdoB, PSB e PT, amargam achatamento e descaracterização ideológica nos últimos anos.

É longa a lista de militantes que foram usados e depois completamente abandonados por Flávio Dino.

O mais notório integrante dessa lista é o ex presidente estadual do PT, Augusto Lobato.

Lobato, no exercício da presidência do partido de Lula no estado, apressou-se em colocar os petistas no balcão de apoios a Brandão de uma forma vexatória.

Pelo trabalho prestado, Lobato é nome considerado certo em todas as listas de novos secretários. Contudo, na hora H, o petista histórico foi descartado.

Chamado ao palácio, Carlos Brandão comunicou a Lobato que este continuaria na assessoria especial, órgão conhecido por ser o lugar onde se pendura membros descartados no primeiro escalão do governo e, por isto mesmo, batizado pelo própria Augusto Lobato de “purgatório” e “porão”, numa referência ao local onde ficam no majestoso Palácio dos Leões.

Entre tantos a quem se prometeram cargos e benesses no novo governo, o descarte de Lobato foi um dos mais surpreendentes.

Espera-se ainda que Brandão tire Lobato do purgatório. Seja para um cargo de segundo escalão, seja criando uma secretaria para acomodá-lo. Assim como fez Flávio Dino para abrigar membros do clã Sarney.

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