Embate decisivo

Debate na Mirante é marcado por ataques a Braide e performances de Duarte e Yglésio

Como previsto, o debate realizado pela TV Mirante entre os candidatos a prefeito de São Luís, na noite desta quinta-feira (3), foi marcado por ataques ao prefeito Eduardo Braide (PSD). O programa foi o único do tipo ao qual o gestor compareceu durante todo o período eleitoral. Ele faltou aos encontros organizados pelas TVs Alternativa e Difusora e pelo portal Imirante.

Os concorrentes não perderam a oportunidade de abordar polêmicas recentes, como o caso do “Clio do milhão”, além de suspeitas de ilegalidades levantadas contra a administração municipal. Demonstrando nervosismo no início, Braide chegou a gaguejar em algumas respostas, mas conseguiu expressar bem seus pontos nas réplicas.

Independentemente da aprovação dos adversários, pesa a favor de Braide uma série de obras, como o Elevado da Cidade, as intervenções do programa “Trânsito Livre” e a drenagem em regiões como Coroado e Cidade Olímpica. Apesar de focar nessas ações, o prefeito não perdeu a oportunidade de contra-atacar os rivais. Duarte Júnior (PSB), Wellington do Curso (Novo) e Yglésio Moyses (PRTB) foram alguns dos alvos.

Duarte, por sua vez, manteve um tom firme ao apontar inconsistências na gestão, inclusive ao responder à primeira pergunta feita pelo prefeito, direcionada a ele. Enquanto Eduardo celebrava a construção do elevado no Tirirical, foi do socialista o questionamento sobre ações de infraestrutura na periferia, o que fez o adversário gaguejar.

O acaso jogou contra o segundo colocado nas pesquisas, já que os sorteios realizados durante o programa propiciaram poucos embates diretos com seu principal rival. Ele chegou a demonstrar frustração por não conseguir direcionar mais questionamentos ao concorrente na parte final da transmissão.

Focando no eleitorado de direita, além dos indecisos, Wellington e Yglésio tiveram performances superiores às observadas nos últimos debates. No caso do candidato do Partido Novo, ele destacou sua coerência política, por se manter durante oito anos como uma voz combativa de oposição na Assembleia Legislativa, além de enfatizar sua atuação na educação, área em que tem experiência empresarial. O parlamentar foi quem iniciou  as perguntas, pressionando Eduardo Braide sobre os problemas na saúde da capital.

Assim como o rival de direita, Moyses foi beneficiado por um crescimento nos trackings dos últimos dias e ajustou seu tom em relação aos debates anteriores. Antes viralizado nas redes sociais por sua atuação à la Pablo Marçal (PRTB) em São Paulo, com provocações e interrupções constantes a outros candidatos, o médico se mostrou muito mais contido, sem deixar de ser cirúrgico em suas críticas.

Com um conhecimento enciclopédico, ele disparou dezenas de dados relativos à administração municipal para questionar o prefeito, seu principal alvo, sem as falas polêmicas que o público já esperava. Apesar disso, temas controversos da cartilha bolsonarista, como a alegada “ideologia de gênero”, não foram deixados de lado.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *