Vitória Guarizo Demito, de 25 anos, foi presa ao lado do namorado e de um terceiro suspeito na última terça-feira (25) sob acusação de ter participado de um episódio de sequestro, tortura e extorsão, no qual um homem foi submetido após cair no “Golpe do Tinder”, um aplicativo de relacionamentos que tem sido usado para a prática de crimes na capital paulista.

Ela é filha do dono de uma mineradora com sede no Tocantins, mas que possui ramificações nos estados da Bahia, Maranhão, Mato Grosso, Pará e Piauí. O capital social da empresa é avaliado em R$ 5 milhões. Nascida com o gênero masculino, ela passou por um processo de transição aos 18 anos, o qual foi detalhado em uma entrevista para uma revista voltada para adolescentes.

A influenciadora maranhense, com milhões de seguidores nas redes sociais, teria sido usada como isca pela quadrilha para atrair a vítima para um encontro amoroso. No local combinado, o homem foi dopado e levado para outro lugar, onde os demais crimes aconteceram.

Segundo o relato da vítima, durante mais de 30 horas, Vitória teria participado das agressões com socos, chutes e queimaduras usando um maçarico, juntamente com outros dois homens, para obter dados bancários. Cerca de R$ 40 mil foram roubados das contas da vítima, que foi novamente dopada e liberada em uma rua da capital paulista.

Durante a investigação, após ter sido acionada pela família da vítima, a Polícia Civil rastreou o destino das transações bancárias, identificando contas ligadas à influenciadora e ao namorado. Eles irão responder por roubo qualificado com emprego de tortura e cárcere privado.