Ministério Público vai investigar salários pagos a Waldir Maranhão
O Ministério Público vai investigar a suspeita de que o presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), atuou como “professor fantasma” da Universidade do Estadual do Maranhão (Uema) por dois anos, recebendo salários de forma irregular. O caso também será enviado ao Conselho de Ética da Câmara dos Deputados.
Após reportagem publicada pelo jornal “O Estado de S. Paulo” , o promotor de Justiça e chefe da assessoria especial da Procuradoria-Geral de Justiça, Reginaldo Júnior Carvalho, disse que vai instaurar inquérito para investigar o caso.
Nos dois últimos anos o presidente interino da Câmara atuou paralelamente como “professor fantasma” da Universidade Estadual do Maranhão (Uema), recebendo salários mensais de cerca de R$ 16 mil, tudo de forma absolutamente irregular. Os pagamentos, realizados entre fevereiro de 2014 e dezembro de 2015, somaram R$ 368.140,09.
Em nota, à reitoria da Uema informou que a paralisação ocorreu depois de uma auditória na folha de pagamento, que descobriu que o deputado continuava recebendo salários. Os pagamentos foram suspensos e a universidade exigiu a devolução do dinheiro. Waldir Maranhão chegou a solicitar como poderia fazer essa devolução, mas desde janeiro a Uema aguarda a boa vontade do presidente da Câmara de fazer o reembolso desse valor que não é pouco.
“Vamos pedir informações à Uema, para saber qual é essa história de forma oficial, para fazermos o procedimento aqui no Estado. Vamos deflagrar o processo para apurar”, disse Reginaldo Júnior Carvalho.
O deputado Pauderney Avelino (DEM-AM) disse que vai incluir os dados no processo que foi enviado ao Conselho de Ética da Câmara.
“Isso vai ser incluído em nossa representação feita ao Conselho de Ética. É uma irregularidade grave. Gestos como esse mostram qual é a verdadeira personalidade de quem ainda está à frente da Câmara, mesmo que interinamente”, disse.
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