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Para o Sindicato dos Rodoviários, botão do pânico coloca em risco a vida de motoristas e cobradores

O Sindicato dos Rodoviários de São Luís reagiu com preocupação a uma proposta aprovada em primeiro turno na Câmara de São Luís, nesta quarta-feira, 1º, e que pretende obrigar as empresas de transporte coletivo da capital a instalarem um botão do pânico nos ônibus. O sistema é bem simples: se o veículo estiver sendo assaltado o botão acionado transmitirá um sinal em forma de mensagem de texto e com nome da linha a Polícia. O problema é que a medida de segurança pode transformar motoristas e cobradores em alvos dos bandidos.

Segundo o presidente dos Rodoviários, Isaias Castelo Branco, é necessário adotar medidas para evitar o crescente número de ocorrências, mas não com risco a vida dos trabalhadores.

“Nos entendemos que tem que existir um mecanismo dentro do ônibus sim, onde possa ser feito esse trabalho integrado entre SMTT e Ciops, onde seja acompanhado em tempo real da forma como esta sendo pensando, mas que seja um mecanismo diferente do que esta sendo discutido, com a questão do botão do pânico. Porque a partir do momento que você vai expor cobrador e motorista informando pra o usuário para o próprio bandido com quem esta esse botão, você estará colocando em risco a vida do cobrador a vida do motorista”.

Segundo o vereador Francisco Carvalho o sistema foi desenvolvido na Universidade Federal do Pará, ele pretende trazer técnicos para discutir melhor a proposta, diante da reclamação dos rodoviários.

De fato a preocupação do Sindicato faz sentido, com a divulgação da implantação do botão do pânico a primeira ação o dos assaltantes seria render motoristas e cobradores e é difícil prever qual seria a reação caso acionado. O grande objetivo é de inibir os crimes, mas até isso é difícil de prever.

Segundo dados do Sindicato dos Rodoviários nos três primeiros meses deste ano foram registrados 225 assaltos a coletivos, 72 a mais que no ano passado no mesmo período.  Sinal de que apenas a Polícia não tem conseguido combater os crimes, e são necessárias outras medidas para combater essa escalada vertiginosa da violência.

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