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Roseana Sarney e o fiasco na tentativa de ganhar foro privilegiado

Depois de um ano sabático, longe da política e também para tratar da saúde, Roseana Sarney voltou ao cenário durante o processo de afastamento da presidente Dilma. A ex-governadora tinha o objetivo claro de atingir o governador Flávio Dino, que ganhou notoriedade pela defesa da presidente e o principal; ela almejava um ministério para ganhar foro privilegiado e se lançar candidata em 2018.

Alguns setores da imprensa insistem em propagar que o governador saiu derrotado e isolado deste processo. Por um lado, é verdade. Dino apostou na permanência de Dilma e em Waldir Maranhão e acabou sendo premiado com a falta de prestígio do PT e a fraqueza e trapalhadas do deputado.

Mas quando a oligarquia já comemorava vitória, Roseana viu seu nome imerso em denúncias, virou réu em um processo que desviou mais R$ 150 milhões da saúde, investigada na Operação Lava Jato e cobrada na Justiça a devolver R$ 11 milhões aos cofres públicos pela Procuradoria Geral do Maranhão. Em um mês o nome da “princesinha da Odebrechet” ganhou as páginas policiais de todos os jornais. A saída seria virar ministra e por isso saiu em campo para mostrar serviço a cúpula do PMDB. Michel Temer até reconheceu os esforços de Roseana e da família, mas não queria cair no mesmo erro de Dilma e Lula e abrigar suspeitos de corrupção em seu Governo para salvar a cabeça deles, por isso vetou o nome de Roseana e nomeou Sarney Filho.

A decisão do presidente interino foi um duro golpe a Roseana, que via o ministério como a solução para se livrar de juízes e promotores com o foro privilegiado. Sem força política e com o nome mais sujo que galinheiro os planos para 2018 foram por água a baixo.

Sarney que esperava voltar a ter o controle do setor energético, também foi excluído.

No fim das contas, nessa batalha política, não houve vencedores apenas derrotadas. E por incrível que possa parecer o único que vai se mantendo a onde queria é Waldir Maranhão que ganhou uma trégua proposta por Temer e segue como presidente da Câmara.

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