Segundo a coluna Radar, da Veja, um dos primeiros atos de Dino após ser indicado a Lula para o STF foi beijar as mãos de José Sarney. O ex-presidente detém uma grande rede de influência no Senado Federal, que presidiu três vezes e foi senador por dois estados diferentes ao longo de 28 anos.

Dino pediu-lhe apoio e Sarney não hesitou. Ato contínuo, o ex-senador ligou a parlamentares e garantiu o voto da bancada de 11 senadores do MDB a favor de sua condução ao Supremo.

As desavenças pregressas entre Dino e Sarney foram sanadas após a reeleição do governador, em 2018. Ciente de que precisaria contar com o ex-presidente como aliado se quisesse alçar voos mais altos, Dino fez diversos gestos a Sarney, promovendo a volta do clã às estruturas de poder, em processo acelerado por Carlos Brandão (PSB).

Em 2022, o MDB esteve na coligação que deu suporte às vitórias de Dino ao Senado e Brandão ao Governo.