Notícia

The Economist destaca ligações e simpatia do clã Bolsonaro com milícias

As ligações do presidente Jair Bolsonaro e de sua família com as milícias do Rio de Janeiro foram tema da última edição da revista britânica The Economist, uma das mais prestigiadas publicações do mundo.

Uma reportagem destaca que no último dia 29, o tio da primeira-dama Michelle Bolsonaro foi preso acusado de ter laços com uma milícia que estaria incorporando terrenos perto de Brasília.
Além disso, o senador e filho do presidente, Flávio Bolsonaro, empregava em seu gabinete a mãe e a esposa de um fugitivo acusado de liderar uma milícia.

A revista também cita que um policial ligado à mesma milícia e que foi preso pelo assassinato da vereadora Marielle Franco morava no mesmo condomínio de Bolsonaro e que o filho do presidente havia namorado a filha do acusado.
Jair Bolsonaro tem um histórico de defesa de milícias e de personagens ligados à ela ao longo de sua carreira política. Em fevereiro do ano passado, já como candidato à Presidência, voltou a fazer essa defesa em entrevista à Jovem Pan.

“Tem gente que é favorável à milícia, que é a maneira que eles têm de se ver livres da violência. Naquela região onde a milícia é paga, não tem violência”, afirmou.

A Economist destaca que as milícias surgiram nos anos 90 para se contrapor às organizações de tráfico de drogas, mas se tornaram máfias paramilitares. Elas controlam cerca de um quarto da região metropolitana do Rio, provendo serviços e oferecendo proteção em troca de cobranças e mediante ameaça de violência.

“Pesquisas sugerem que a maior parte dos residente teme as milícias, talvez até mais do que as gangues de drogas. Os políticos, no entanto, as consideram úteis. Elas dividem seus saques com seus patronos políticos, conduzem seus apoiadores para os locais de votação e intimidam seus oponentes”, diz o texto. (EXAME)

Comentários estão desativados

Os comentários estão desativados.