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Um candidato fora da lei

Um levantamento do Jornal “Estadão” mostrou que em apenas dois Estados o número de ações por propaganda eleitoral antecipada aumentou em relação a 2012, no Sergipe e no Maranhão, que subiu de 9 para 13 ações. Boa parte desse dado negativo deve-se a insistência do deputado Wellington do Curso (PP) em desrespeitar as leis eleitorais.

Durante toda a pré-campanha, Wellington foi punido por ter utilizado o tempo na televisão do PP para promover a sua pré-candidatura à Prefeitura Municipal de São Luís; pela sua van transformada em “gabinete móvel” e por patrocinar postagens no Facebook. Sem falar nos panfletos que distribuía nos bairros e que, por enquanto, a justiça não tomou as devidas providências.

Mesmo com uma legislação atual mais branda, o deputado pouco deu atenção as recomendações da justiça e foi o campeão de irregularidades nesse período. Os dados mostram a pouca afeição do nobre deputado, como diria Márlon Reis, em cumprir regras.

Em 11 Estados o número de ações diminuíram. O caso mais expressivo é o do Rio Grande do Sul, onde o TRE (Tribunal Regional Eleitoral) recebeu apenas duas ações no primeiro semestre deste ano, contra 80 no mesmo período de 2012 –ano da última eleição municipal–, queda de 97,5%. Os demais tribunais regionais não enviaram os dados sobre essas ações.

O período permitido para campanha dos candidatos foi encurtado em 45 dias neste ano e começa apenas na amanhã (16), mas uma minirreforma eleitoral aprovada no ano passado pelo Congresso permitia que os políticos se apresentassem como pré-candidatos sem que isso configure propaganda antecipada, desde que não houvesse pedido explícito de voto.

Com o início das eleições é esperado agora que Wellington finalmente respeite as leis e não cometa crimes, como fez durante toda a pré-campanha.

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