Polêmica

Vereadores de Timon com patrimônio superior a 90 mil reais receberam auxílio emergencial do governo federal

Um levantamento realizado no site do Ministério da Cidadania aliado a um cruzamento de dados no site do Tribunal Superior Eleitoral, constatou que dois vereadores da câmara municipal de Timon, no Maranhão , receberam indevidamente o benefício do auxílio emergencial concedido pelo governo federal .

Com patrimônio declarado à Justiça Eleitoral no valor de R$: 430. 000,00 em bens, o vereador Ulisses Waquim, filho da deputada estadual Socorro Waquim (MDB), teria recebido duas parcelas do auxílio, sendo a primeira creditada no dia 04 de Maio de 2020. No detalhamento informa entre os bens uma loja em um shopping da cidade e dois terrenos. Na terceira parcela o benefício foi cancelado, por haver incompatibilidade de renda para recebimento do auxílio, consta que o parlamentar faz parte do quadro de sócios e administradores de empresas com CNPJ ativo ou suspenso, com 2 ou mais empregados.

Outra parlamentar que teria recebido o benefício e que possui patrimônio declarado à Justiça Eleitoral no valor de R$: 94.000,00 é professora Vanda. O levantamento aponta que a vereadora teria recebido 6 parcelas de R$: 600,00 .

O auxílio emergencial foi criado pelo governo federal ano passado em razão da crise econômica causada pela pandemia do novo coronavírus. Por lei, estão aptos a receber o benefício trabalhadores autônomos, informais, pessoas desempregadas ou que pertencem a família com renda inferior a três salários mínimos e que não tiver recebido, no ano de 2018, rendimentos tributáveis acima de R$ 28,5 mil.

Em Timon, os dois vereadores podem ser classificados como potenciais integrantes do rol de inclusões indevidas do benefício, já que há indícios de que possuem renda incompatível com as regras do programa. Embora ter patrimônio avaliado em valor elevado não impeça o recebimento do benefício, a atitude por si só pode ser um indício de irregularidade.

Pelo menos 7,3 milhões de pessoas receberam, juntas, R$ 54 bilhões de auxílio emergencial pago indevidamente, segundo o Tribunal de Contas da União (TCU). O balanço de fiscalização foi divulgado em um momento em que o Congresso e o governo discutiam como viabilizar a volta do auxílio emergencial.

Veja os documentos: 

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