O deputado Wellington do Curso (PP) se supera na mediocridade e política rasa. Na ansiedade de atacar o prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT), o parlamentar acusa a prefeitura de negligência com a cidade pelos alagamentos sucessivos da sede de seu curso no bairro Renascença II.  Com sua performance de palhaço, Wellington simulou salvar uma família do alagamento, protagonizando uma cena do jornalismo sensacional da televisão. Se frustrou na intenção de mídia, mas ainda bem que obteve êxito no ‘salvamento’.

A história não é bem assim. Acontece que, a sede do curso Wellington foi construída em local onde o nível do terreno está abaixo do nível do mar. Sendo assim, com a enchente ou vazante das marés, o escoamento das águas pluviais se tornam quase impossível. Em marés de lua nem se fala.

O mesmo problema acontece em pontos da Lagoa da Jansen. As águas da maré contêm as águas em vários pontos de lançamento, causando retenção e alagamento. A diferença é que com o fluxo das marés as águas fluem em alguma hora para a lagoa. No terreno de Wellington, isso não acontece. A atual administração buscou uma solução para o problema de mais de duas décadas, construindo um lago de retenção por trás do depósito Paraíba, na Avenida Colares Moreira. Mesmo assim o problema persiste.

O que muito contribuiu nos últimos anos para a elevação das águas foi à supressão de áreas de permeabilidade, facilitando a absorção pelo solo. Acontece que o deputado, e as construções do entorno, não seguem a determinação do Plano Diretor que exige área para este fim, evitando alagamentos.  Mais uma vez Wellington mostra seu conhecimento profundo de administração ou a proposital infração com objetivo pecuniário. Não bastasse isso ainda busca tirar proveito eleitoreiro numa política chinfrim.

A solução concreta para o problema que o Wellington coloca na vitrine seria a desapropriação da área em visto do bem comum. Transparente e justa, a desapropriação funcionaria com banho de água fria no afoito parlamentar.