Suzano teria coordenado operação ilegal com aparato estatal, diz denúncia
A Suzano Papel e Celulose está sendo acusada de utilizar o aparato estatal durante operação realizada em uma propriedade localizada no povoado Cabeceira da Tabatinga, zona rural de Santa Quitéria, a 350 km de São Luís.
O caso foi registrado na Delegacia de Polícia do município pelo advogado Arthur Maxwell Moraes Marinho, que representa o proprietário da Fazenda Tabatinga, Boanerges Silva Gomes Filho.
Segundo o Boletim de Ocorrência (BO) nº 253156/2024, registrado nesta quinta-feira (3), servidores da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais (SEMA), acompanhados de policiais do Batalhão de Polícia Ambiental (BPAMA), teriam realizado uma operação no local, sob a alegação de investigar crimes ambientais, na manhã de quarta-feira (2).
“Fato que os dois supostos servidores negaram sua identificação e que os quatro policiais retiraram seus nomes das fardas. Mesmo assim, solicitamos cópias da suposta denúncia, sendo negado o acesso”, diz um trecho do documento oficial.
O boletim relata ainda que os servidores e uma suposta entrada na fazenda sem ordem judicial e ameaça de prisão os funcionários da propriedade, além de forçar o descarregamento de um caminhão carregado de eucalipto.
Também foi informado o uso de dois veículos que não fariam parte dos bens pertencentes ao Estado. Testemunhas afirmam que a operação foi coordenada por um funcionário da Suzano.
“Que os empregados da fazenda assim como populares afirmaram que toda essa operação foi coordenada pelo empregado da Empresa Suzano, o Chefe de Patrimônio conhecido como Dermeval. Vale frisar que os supostos servidores e os 04 policiais estavam em 02 carros que não estavam com qualquer identificação do Estado do Maranhão, carros de placas SMR-1C26 e ROJ -¨6B20, que ao serem consultadas verificou-se que pertence Tcar Locação de Veiculos Eireli”, concluiu o BO.
A SEMA, o BPAMA e a empresa não se manifestaram sobre a acusação relatada até o momento.
