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As investigações contra Trinchão e a mudança de postura do PSD em São Luís

O presidente estadual do PSD, Cláudio Trinchão, anunciou nesta quinta-feira (4) que o partido deixou a coligação com o PDT para apoiar o PP. Ele, que responde a uma ação por improbidade administrativa, esperava conseguir alguns favores na aliança com o prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT), barganhando junto ao governo Flávio Dino (PCdoB) um abafa nas investigações contra ele.

A repentina mudança de postura causou estranheza, pois há menos de dois meses Trinchão organizou um grande evento para declarar toda a sua admiração pelo prefeito. “Em quase quatro anos de administração e vários anos de vida pública, ninguém sequer ouviu falar de alguma irregularidade contra Edivaldo. Ele tem trabalho prestado e compromisso, e não tenhamos dúvidas que o seu nome é o melhor para a Prefeitura de São Luís. Ele vem com mais experiência e pode contar com nosso apoio”, afirmou.

Cláudio Trinchão foi secretário de Estado da Fazenda de Roseana Sarney. Em 2015, o Ministério Público descobriu que entre 2010 e 2014, o ex-gestor concedeu 33 regimes especiais de tributação irregulares, beneficiando 190 empresas, o que representou uma perda de R$ 410.500.053,78 aos cofres do Estado do Maranhão. As investigações geraram uma Ação Civil Pública por ato de improbidade administrativa contra ele. As denúncias surgiram depois de uma auditoria realizada pelo atual Governo.

Ainda não é possível explicar de fato quais os motivos que levaram Trinchão a apoiar Wellington do Curso (PP), mas talvez ele tenha percebido que do lado comunista e pedetista as diretrizes funcionam mais na base da transparência e no respeito aos poderes executivo, legislativo e, principalmente, ao judiciário.

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