Chamou a atenção a presença da Polícia Rodoviária Federal na operação coordenada pelo Ministério Público nesta quinta-feira (9), que teve como alvo pelo menos quatro vereadores da capital maranhense. Até mesmo um helicóptero, que deveria atender às ocorrências em rodovias de competência do Governo Federal – escopo original de atuação da PRF – foi empregado na espetaculosa ação.

O prefeito de Santa Inês, Felipe dos Pneus, também foi alvo de operação semelhante em maio deste ano. O gestor chegou a ser afastado de suas funções, reassumindo a prefeitura no mês seguinte.

A presença dos agentes nesta e em outras ações fora do escopo original da corporação – ocorrências em rodovias federais – foi criticada pelo hoje Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, à época da transição governamental.

“Qual é a sua função precípua da PRF? De segurança viária. Podemos agregar outras missões? Podemos, até devemos, desde que sejam correlatas com a segurança viária estritamente e diretamente correlatas. Porque, senão, você cria uma força armada no Estado que não tem parâmetros legais de atuação, e isso é perigoso”, disse Dino em entrevista concedida à época sobre o assunto.

Na prática, entretanto, a teoria parece ser outra…