A cidade de Bacabal, a 240 quilômetros de São Luís, tem se tornado destaque na eleição municipal deste ano pela violência que tem tomado conta da disputa.

O capítulo mais recente ocorreu na última quarta-feira (25), quando quatro homens armados invadiram a sede da TV Cidade, afiliada da RecordTV, e atearam fogo nas instalações. Ninguém se feriu. O candidato Roberto Costa (MDB) e o jornalismo da emissora logo evocaram a tese de ataque político, mesmo não havendo qualquer posicionamento policial sobre a autoria até o momento.

A tensão, no entanto, vem desde a pré-campanha. O candidato Marcos Miranda (União Brasil) alegou, por três vezes, ser alvo de ações direcionadas por parte da Polícia Militar. Durante a convenção que o confirmou como postulante à prefeitura, Miranda relatou diversas abordagens feitas contra eleitores a caminho do evento.

Já durante a campanha eleitoral, o empresário Luciano Suaris Farias afirmou ter sido detido pela PM após participar de um comício de Miranda. O candidato também acusou a corporação de suposta intimidação durante um ato no povoado Brejinho.

No caso das acusações levantadas contra a força de segurança, pesa a ligação do comandante regional, Coronel Marcos Túlio, com Roberto, de quem foi assessor parlamentar em 2016.

Enquanto os casos se acumulam e as investigações não são finalizadas, a troca de acusações se intensifica, junto com a seriedade dos atos atribuídos por cada candidato ao seu rival.