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Beneficiários do Fies prometem paralisar Ceuma nessa sexta

Pelo jeito, o eterno suplente de senador, o poderoso empresário Mauro Fecury, dono da Universidade Ceuma, anda utilizando manobras até certo ponto bem convencionais para faturar ainda mais em seu negócio milionário: as famosas taxas extras. Nesta sexta-feira (3), a partir das 7h, alunos do curso de medicina preparam uma manifestação contra cobranças indevidas que a instituição de ensino tem feito para estudantes beneficiados pelo Fies.

De acordo com a Defensoria Pública do Estado (DPE), alunos com financiamento integral do Fies denunciaram estar sendo prejudicados com a cobrança de mensalidades referentes à diferença do valor do curso. Por meio do Núcleo de Defesa do Consumidor (Nudecon), o DPE encaminhou ofício, no dia 31 de maio ao Ceuma solicitando esclarecimentos sobre a prática considerada irregular.

Segundo o defensor público Rairom Laurindo, foi estipulado o prazo de dez dias a contar da data de envio para que a instituição se manifeste a respeito das reclamações. Os questionamentos formulados à instituição referem-se à motivação da cobrança indevida, número de acadêmicos que estão na mesma situação, além do valor da diferença e período da prática. O ofício também solicita informações de alunos beneficiados pelo Fies e matriculados em outras graduações, que estejam passando pelo mesmo problema.

De acordo com o defensor Alberto Bastos, os argumentos baseiam-se em dois artigos de portarias normativas do Ministério da Educação que disciplinam a utilização do financiamento estudantil. Um deles diz que “é vedado às Instituições de Ensino Superior (IES) participantes do Fies exigir o pagamento de matrícula e de parcelas da semestralidade do estudante que tenha concluído a sua inscrição no SisFIES”.

Segundo os manifestantes, os alunos tentaram conversar com o reitor, Marcos Barros, mas este mostrou-se irredutível. O grande problema é que a taxa vence na segunda-feira (6) e alguns estudantes podem ficar sem matricula.

A denúncia já foi feita no Ministério da Educação e no Procon. Eles prometem paralisar a universidade.

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