Coluna

Bloco de Notas (04/07)

Navalhada

Um recurso apresentado ao presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Marcelo Tavares, no último dia 29, contestou a licitação para registro de preços orçada em R$ 200 milhões, destinada à contratação de camarotes, palcos, tendas, sistemas de projeção e som para eventos realizados pelo Governo do Maranhão. No documento, a empresa World Sonorização aponta diversas irregularidades no edital do certame e solicita medidas cautelares contra Aline Pinheiro Vasconcelos, da Secretaria de Administração do Estado. Quatro dias depois, a própria secretaria anulou o processo até “deliberação ulterior”.

TBT

Flávio Dino mantém relação estreita com o núcleo político que o acompanha desde 2012, quando foi decisivo para a eleição de Edivaldo Holanda Junior. Os atores políticos que cercam o ministro do Supremo no Maranhão basicamente são os mesmos do período em que chegou pela primeira vez ao Palácio dos Leões: Márcio Jerry, Othelino Neto, Rodrigo Lago, Carlos Lula, Marcelo Tavares e, balançando no muro, Rubens Junior. O grupo ficou marcado pela oposição ferrenha à Roseana Sarney em 2014, que resultou na derrocada política do clã oligárquico que governou o estado até aquele ano. O único que ficou no caminho foi Bira do Pindaré, hoje secretário de alguma coisa do governo Carlos Brandão.

Fora do retrato

Para não cumprir o acordo em Colinas, os irmãos Zé Henrique e Marcus Brandão alegam não ter firmado qualquer acordo com o ex-governador em 2020 que envolvesse a sucessão de Valmira Miranda. O problema é que, naquele ano, Dino pactuou o acordo político no gabinete do Palácio, com Carlos Brandão, Márcio Jerry, a vereadora Régia, então pré-candidata a prefeita, e a própria Valmira. Embora os irmãos de Brandão tenham ficado na sala de espera, do encontro saiu o acerto que resultou na vitória da chapa Valmira/Haroldo, com o compromisso de que o irmão de Jerry seria o próximo prefeito da cidade.

Entre aspas

“Se não cumpriu em Colinas, cumprirá no Maranhão?” é a frase atribuída a Flávio em meio aos rumores sobre o rompimento entre ele e Carlos Brandão, acentuados pela quase exoneração do vice-governador da Secretaria de Educação do Estado nesta semana.

Entre aspas 2

Em meio às cobranças públicas de compromissos entre Dinistas e Brandonistas, o governador Carlos Brandão afirmou que “o cara ingrato, as pessoas criam raiva dele”. A fala aconteceu em São Félix de Balsas e foi compartilhada no perfil da deputada Andréia Rezende. Nesta semana, Márcio Jerry retornou de Brasília para São Luís horas após pisar na capital federal, quando o vice-governador Felipe Camarão seria exonerado da secretaria de Educação. A mudança não foi concretizada e, mesmo assim, acirrou a crise em curso no governo entre os grupos.

Asa de Avião

O ex-senador Roberto Rocha busca voltar ao cenário político como candidato a governador do Maranhão em 2026, talvez pelo Republicanos de Aluísio Mendes e Mariana Carvalho.

Passou do limite

Nos últimos dias, nada magoou mais o vice-governador Felipe Camarão do que uma atitude da quase secretária Jandira Dias. Encaixotar a caneca da sorte personalizada do Flamengo, que ele mantinha na suíte Roberto Carlos — o apelido carinhoso do principal gabinete da Secretaria de Educação, no São Francisco — foi além do aceitável.

A volta dos que não foram

Anunciada pelas redes sociais de Brandão, Jandira não poderá colocar a passagem pela Secretaria de Educação no currículo, afinal, a nomeação dela sequer foi publicada no Diário Oficial do Estado. A quase titular da Seduc chegou a visitar a secretaria, montar gabinete, receber currículos, encaixotar pertences do vice-governador e repostar no Instagram dezenas de congratulações pelo novo cargo, inclusive do todo-poderoso Marcus Brandão. No entanto, a alegria da quase portadora das chaves do cofre da educação do estado durou menos de 24 horas.

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Flagrado pela Polícia Federal direcionando emendas de R$ 4 milhões do deputado federal Cleber Verde para as cidades de São Domingos do Maranhão e Governador Nunes Freire, Gianmarko Beserra é um velho conhecido da Justiça. Ele já foi condenado no Piauí a seis anos de prisão em regime semiaberto por roubo majorado com o emprego de arma de fogo.

Vias de fato

A presidente da Câmara Municipal de Lago Verde, Fernanda Oliveira, conhecida como Fernanda Maroca, afirmou ter sido agredida pelo colega Franklin Oliveira e pelo secretário de Cultura do município, Neto Pinto. A Câmara chegou a emitir uma nota de repúdio, mencionando agressões físicas e verbais. Franklin e Neto responderam, dizendo que as acusações são inverídicas e chamando Fernanda de “desequilibrada”. Ela afirmou que o caso foi denunciado às forças de segurança.

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