Braide aposta em obras como marca para garantir reeleição
A “receita de bolo” dos prefeitos que buscam reeleição desde que a possibilidade foi instituída em 1997 é seguida à risca por Eduardo Braide (PSD). Alguns milhões em caixa e um punhado em obras, especialmente de infraestrutura viária, e pronto: está confeccionada a bandeira que irá tremular nos programas eleitorais e redes sociais ao longo da campanha.
A flâmula de Braide atende pelo nome de “Trânsito Livre”. Com intervenções em avenidas que cortam a cidade, interligando a área nobre e centros comerciais com a periferia de São Luís, o prefeito tenta abraçar a todos, em busca de garantir a lembrança da maioria na hora do voto.
Com intervenções em avenidas como Jerônimo de Albuquerque, Daniel de La Touche, Holandeses e Colares Moreira, recapeamento em bairros populosos, a exemplo da Cidade Operária e São Cristóvão, reforma de escolas, praças, centros de saúde e outros equipamentos públicos, em especial na Zona Rural, e ações pontuais diversas, o prefeito vai mostrando serviço e abastecendo suas redes sociais.
Totalmente à parte de paixões e polarizações políticas, Braide dedica seu tempo à conexão direta com o eleitor, com a persona de “prefeito do trabalho” que costuma agradar o eleitorado médio.
Mas o ano é eleitoral e é preciso ser político para disputar a eleição em condições competitivas. Para isso, Braide deve intensificar nas próximas semanas a costura de alianças partidárias que lhe garantam tempo de televisão. Além do próprio PSD, o prefeito deve contar com Republicanos e PMN em sua coligação, tenta segurar o MDB pelos beiços e dialoga com siglas de centro e até de esquerda para somar o maior tempo de rádio e TV possível, além de assegurar a fatia mais generosa do Fundo Eleitoral.
Até por isso o posto de vice-prefeito na chapa segue indefinido. De certo, apenas que a dobradinha com a professora Esmênia Miranda (PSD) não se repetirá — ela deve tentar uma vaga na Câmara Municipal. As pretensões políticas de Eduardo Braide também serão um fator a mais antes do nome ser sacramentado.
É dessa forma que o prefeito pretende garantir o direito de permanecer por mais quatro anos à frente do Palácio de La Ravardière, mesmo que o tempo da política reduza o período a menos da metade.
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