A definição dos blocos na Assembleia confirmou, agora de forma oficial, a postura oposicionista dos deputados Wellington do Curso (PP) e Eduardo Braide (PMN). Desde que perderam a eleição para a Prefeitura de São Luís quando o governador Flávio Dino (PCdoB), na última hora, optou pelo candidato pedetista Edivaldo Holanda Júnior, a dupla resolveu declarar guerra ao Palácio dos Leões.

A mudança de postura dos deputados está ligada diretamente a derrota nas eleições, o que de certa forma é um atitude birrenta e pouco correta, já que Flávio se manteve distante da campanha, em respeito a base que o elegeu e acabou tendo vários candidatos. Por exemplo, a deputada federal Eliziane Gama (PPS), apesar de sair derrotada, continua na base governista e mantendo ótimo relacionamento com o governador, inclusive, pleiteando uma vaga ao Senado.

Wellington do Curso até pode justificar: Apesar de ter sido eleito na base PCdoB em 2014, sua postura sempre foi independente,  Braide não. Único representante do PMN na Assembleia, sempre seguiu a pauta governista. Usou o nome de Flávio Dino durante o pleito, mas chateado pela derrotada para Edivaldo voltou a seguir a cartilha sarneyzista e junto com Andrea Murad e Sousa Neto se tornou um dos principais “travadores” de votações para prejudicar o executivo.

Líder do Governo na Assembleia, o deputado Rogério Cafeteira (PSB) não se surpreendeu com a atitude do parlamentar. “Deputado Wellington se elegeu na coligação do governador Flávio Dino, mas sempre teve uma postura dentro da casa eu poderia dizer de independência, mas com viés de oposição. Não adianta eu dizer que sou Governo e votar contra o Governo na Assembleia. Na questão do Eduardo Braide, após a eleição municipal , e aí se ele tem os motivos dele não cabe a mim julgar, achou melhor sair da base do Governo e se posicionar na oposição”.

Braide agora vai integrar o bloco oposicionista liderado por Andrea Murad e Wellington do Curso deve permanecer no Bloco União Parlamentar (bloco independente).