O tombo nas pesquisas levou o candidato Eduardo Braide (PMN) a tomar medidas desesperadas e até inconsequente para quem almeja ser gestor de São Luís. Na tentativa de constranger o governador Flávio Dino (PCdoB) e o prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT), sua propaganda insinua que os ataques a coletivos continuam ocorrendo na capital.

Em seu programa no horário eleitoral gratuito, Braide utiliza as imagens de ônibus sendo queimados no mês passado e até de vítimas feridas devido a violência, como se fosse algo corriqueiro. Pessoas ainda se recuperam dos incêndios, em virtude das queimaduras e já houve até vítimas fatais. Relembrar um momento triste da história recente da cidade para se beneficiar politicamente é não respeitar as famílias atingidas por essas facções.

Com o apoio da Força Nacional, o Governo do Estado fortalece o policiamento nas ruas da capital. Na contramão desse esforço para combater a criminalidade, Braide utiliza o espaço nobre da televisão para justamente propagar violência e sugerir que a onda de ataques está nas ruas da capital, em busca, talvez, de remontar o clima de terror que lhe beneficiou na última semana do primeiro turno.

Desesperado, Eduardo Braide quer arrastar a campanha eleitoral para o esgoto. A atitude dele em nada contribuiu para o diálogo sobre as necessidades de São Luís. Os usuários do transporte, os rodoviários e as famílias, maiores vítimas dos ataques de facções criminosas, merecem respeito.