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Caciques do PMDB estão de olho nos recursos da Fundação Ulysses Guimarães

No próximo dia 04 de outubro, o PMDB realiza Convenção Nacional Extraordinária para votar a mudança da sigla para MDB e também proposta de extinguir a Fundação Ulysses Guimarães (FUG), transformando-a em um instituto. Os caciques do partido, liderados pelo presidente Romero Jucá, estão de olho nos recursos destinados a fundação repassados através do Fundo Partidário do PMDB, 20% do total.

Na prática, a iniciativa muda a natureza da fundação, criada para a formação política do partido, deixando-a livre da fiscalização do Ministério Público. Além do acompanhamento do MP, o Tribunal Superior Eleitoral também julga as contas da fundação, juntamente com as do partido.

O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha (PMDB), procurou Sarney para tentar impedir a manobra de Jucá, porém o ex-presidente preferiu não se envolver na discussão e até demonstrou simpatia pela proposta.

A direção nacional do PMDB quer raspar os cofres da FUG de olho nas eleições de 2018, quando justamente parte da família Sarney buscará novos mandatos como Sarney Filho, Adriano Sarney e quem sabe, Roseana. Por isso, o “corpo mole” do patriarca da oligarquia em frear a iniciativa de Jucá.

A campanha de 2016 foi dureza, por causa da Lava Jato e pela proibição de doações de empresas, ou seja, os caciques estão desesperados atrás de recursos. De acordo com o presidente do Conselho Curador da FUG, Esacheu Nascimento, a medida indica que o partido “não quer a fiscalização” do Ministério Público. “Muito possivelmente o partido quer o retorno dos recursos para ser usados de outra maneira, e com isso o Conselho não concorda”.

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