O Ministério Público do Maranhão (MPMA) ajuizou uma Ação Civil Pública contra o prefeito de Rosário,  Calvet Filho, e seus familiares, por atos de improbidade administrativa. A ação foi motivada por movimentações financeiras sem origem identificada, que envolvem o gestor e seus parentes.

O MPMA busca o ressarcimento de R$ 3,3 milhões aos cofres públicos e a aplicação de multa. Além dos familiares, foram acionadas empresas ligadas à família e sócios de outras companhias com contratos na administração municipal.

Entre os citados na ação estão a esposa do prefeito, Francisca Rocha Calvet, seu irmão, Jonatha Carvalho Calvet, e a cunhada, Dulcimary Bezerra Desterro. As investigações apontam enriquecimento ilícito, com evolução patrimonial incompatível com os rendimentos declarados pelos envolvidos.

A promotora Maria Cristina Lobato, que conduz o caso, afirmou que os fatos foram comunicados ao procurador-geral de justiça devido ao foro privilegiado do prefeito.

Um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) revelou movimentações atípicas, como depósitos fracionados em valores que somam mais de R$ 1,3 milhão na conta do prefeito, além de R$ 751 mil na conta da primeira-dama.

O irmão do prefeito, que também é assessor institucional do município, teria movimentado mais de R$ 1 milhão. A promotoria alega que essas operações indicam lavagem de dinheiro.

O MPMA também destacou o uso de empresas da família, como a Farmacenter, para receber depósitos de empresas contratadas pela prefeitura. Segundo a ação, essas transações mascaram o vínculo direto entre o município e os envolvidos, o que configuraria o esquema de lavagem de dinheiro e enriquecimento ilícito.