O presidente do Superior Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, considera um “atropelo” a possibilidade de Flávio Dino tomar assento no tribunal ainda este ano. A sabatina que deve referendar seu nome pelo Senado Federal está prevista para 13 de dezembro. O judiciário entra em recesso no dia 20 do próximo mês.

Barroso considera ser mais “razoável” que a cerimônia seja realizada em fevereiro do próximo ano, após a volta do recesso do Judiciário. “Mas se ele quiser correndo, a gente corre, mas não seria razoável nem para ele”, completou.

No mesmo evento em que deu as declarações, que teve como tema a violência contra a mulher, Barroso lembrou que Carmem Lúcia passou a ser a única representante do sexo feminino na Suprema Corte.

Nas últimas 48 horas, desde o anúncio de Lula de que Dino é sua indicado ao Supremo, o ainda Ministro da Justiça se movimentou pelos votos necessários à aprovação de seu nome. Deixou o Twitter de lado, percorreu salões e gabinetes do Senado Federal, fez declarações à imprensa e gestos de pacificação a opositores.

Apesar da resistência de bolsonaristas mais fervorosos, o nome de Dino tende a ser aprovado por pelo menos 50 dos 81. São necessários 41 votos para que ele seja conduzido ao STF.