Martelo batido

Destino de Dino rumo ao Supremo já está decidido

O Ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Lula, Flávio Dino, já tomou a decisão de ir para o Supremo Tribunal Federal. O martelo foi batido em uma reunião com o presidente, antes da cirurgia à qual o petista se submeteu, quando o ex-governador do Maranhão procurou o presidente para reclamar das críticas que vinha sofrendo de petistas em razão da falta de resultados de sua gestão no setor de Segurança Pública.

Dino queixou-se do fogo amigo, falou sobre seus planos políticos futuros e saiu do encontro com a convicção de que “só não será ministro do Supremo se não quiser”. Desde então, assumiu abertamente a campanha pela cadeira de Rosa Weber no STF.

Dino segue as orientações de Lula. Foi aconselhado a buscar desafetos, refazer pontes, baixar o tom do discurso político e aproximar-se do Centrão no Congresso Nacional, “aparando as arestas” que criou nos primeiros nove meses de governo. Ele deve ser indicado por Lula tão logo o presidente se recupere do procedimento realizado na sexta-feira (29).

O Supremo, para Dino, é uma “gaiola de ouro” a partir da perspectiva petista, mas ele deve transformá-la em palanque para se catapultar à sucessão de Lula.

O ex-governador do Maranhão ficou grande demais para a Esplanada dos Ministérios e começava a fazer sombra aos projetos petistas.

Talvez a “sucuri do Maranhão” tenha se precipitado ao entregar a cabeça de Jair Bolsonaro para Lula tão cedo. É provável que tenha se equivocado ao tentar repetir no país o modelo de segurança pública que faliu no Maranhão, cercando-se dos mesmos quadros que enferrujaram o braço armado do estado durante seus 7 anos e 3 meses à frente dos Leões.

O fato é que Dino ficou entre um Palácio da Justiça sem Segurança Pública, retornar ao Senado Federal ou assumir a posição mais destacada do Poder Judiciário. Optou pela terceira via, escolhendo o destino supremo para não sair menor do que entrou no cenário nacional.

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