Dino afirma que “se desmoraliza” ao demitir secretários que receberam a “Dama do CV”
O ministro Flávio Dino afirmou na quinta-feira (16) que não demitirá os secretários do Ministério da Justiça e Segurança Pública que realizaram audiências com a mulher do líder do Comando Vermelho (CV) amazonense, Luciane Barbosa Farias, na sede da pasta. Para Dino, uma eventual demissão de seus subordinados ocasionaria uma desmoralização em sua imagem.
“Os secretários que receberam praticaram algum ato ilegal? Os secretários praticaram algum crime? Beneficiaram supostamente o Comando Vermelho em quê? É preciso ter um pouco de responsabilidade e seriedade. Eu tenho o comando da minha equipe, confio nela, e eu não demito secretários de modo injusto. Se eu fizesse isso, quem seria desmoralizado não seria o secretário, seria eu”, afirmou.
Segundo o Estadão, no entanto, o Ministério deu andamento a pedidos da ONG Instituto Liberdade do Amazonas (ILA), entidade comandada por Luciane, que recebeu dinheiro do Comando Vermelho.
O ministro continua atribuindo o dimensionamento do caso a opositores do Governo. “Obviamente, é um desespero político de quem está insatisfeito com o combate ao crime organizado que estamos fazendo”, declarou em um evento no Ceará.
Entre os subordinados de Dino que receberam a “Dama do CV” estão Elias Vaz (secretário de Assuntos Institucionais) e Rafael Velasco (secretário de Políticas Penais). Este último foi adjunto da Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap) do Maranhão nos governos de Flávio Dino.
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