A Câmara Municipal de São Luís estabeleceu que o empresário Antônio Calisto Vieira Neto será ouvido na sexta-feira (12) da próxima semana, às 14 horas, na CPI que investiga contratos da prefeitura de São Luís.

O pedido foi feito pelo presidente da casa, vereador Paulo Victor (PSB), e analisado durante esta semana. Calisto acusou o prefeito Eduardo Braide (PSD) de manter um esquema de extorsão em licitações, supostamente conduzido junto com o secretário de Obras e Serviços Públicos (Semosp), David Col Debella. As acusações foram feitas em publicações na rede social X.

“Eduardo Braide, se a população de São Luís soubesse 1/3 dos teus esquemas (falo por mim, tá), você não seria nem candidato! Estaria na cadeia!! Corrupto! Manipulador! Desonesto e bandido!!! Tu e o teu secretário David Coldebella”, escreveu Calisto.

Os posts foram apagados, e a empresa se manifestou em nota afirmando que participou de uma licitação que foi revogada. A Construmaster afirmou ainda que acionou o Ministério Público (MP) e o Tribunal de Contas do Estado (TCE) em ações que até agora não tiveram efeito prático.

A CPI dos Contratos começou com a repercussão da chamada “Máfia do Bandeco”, após a administração municipal contratar a empresa Pier 77, do empresário Arthur Segalla, para fornecer refeições a unidades de saúde no valor de R$ 18 milhões em contrato emergencial. Arthur foi assessor de Braide quando o prefeito era deputado estadual. Com o depoimento de Calisto, a lista de supostas irregularidades investigadas não para de crescer.