Galdino desautoriza Cappelli em bota-fora de Ministério
Nos últimos dias de trabalho da atual equipe do Ministério da Justiça e Segurança Pública, uma excursão de quatro servidores da Polícia Federal a Las Vegas com tudo pago pelos cofres públicos, para participação em uma feira internacional de armas, foi cancelada. O responsável por autorizar a viagem foi o “braço direito” de Dino, Ricardo Cappelli, mas o “braço esquerdo”, Diego Galdino, tornou a autorização da portaria anterior insubsistente (sem fundamento, sem razão de ser).
O secretário-executivo do Ministério da Justiça havia autorizado o afastamento do país da equipe da PF, de 21 a 28 deste mês, com ônus. Ou seja, com direito a passagens e diárias, vencimentos integrais e demais vantagens do cargo. Logo depois, Cappelli entrou em férias, ficando Galdino respondendo pelo posto.
Diego Galdino, ao ser procurado pela Folha de São Paulo para explicar o interesse público da excursão, decidiu por suspender a viagem. O cancelamento da viagem foi publicado no Diário Oficial da União da última quarta-feira (17).
A equipe que iria para a “Shooting, Hunting and Outdoor Trade Show”, feira anual que expõe armas de fogo e de caça e equipamentos para atividades ao ar livre, como tiro ao alvo, além de material para uso e proteção das polícias, era formada pelo delegado André Luis Lima Carmo, diretor de Administração e Logística da PF; escrivã Deborah Rodrigues Afonseca, coordenadora-geral da diretoria de Administração e Logística; perito criminal Flávio Alves Carlos, chefe da Divisão de Planejamento e Controle da Logística Policial e agente federal Marcelo Simões Vassoler, chefe de ensino operacional da Academia Nacional de Polícia.
O novo titular do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, assumirá o cargo em 1º de fevereiro. Os auxiliares ligados intrinsecamente a Dino não fazem parte dos planos do ex-ministro do STF para sua equipe.
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