Na corda bamba

Indiciado, Juscelino diz que fica em ministério até quando Lula quiser

O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, declarou que permanecerá em seu cargo “até quando ele quiser”, referindo-se ao presidente Lula. A declaração foi dada ao jornal O Globo nesta quarta-feira (26).

Juscelino também tentou demonstrar tranquilidade com o indiciamento pela Polícia Federal (PF). “Estou muito tranquilo. No dia em que deixar de ser ministro, voltarei para o Congresso, para ser deputado federal pelo Maranhão, pelo qual fui eleito por quatro anos”, afirmou.

No dia 12 deste mês, a PF indiciou o ministro por organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção passiva. A investigação apura desvios de emendas parlamentares destinadas à pavimentação de ruas em Vitorino Freire, cidade governada por sua irmã, Luanna Rezende.

Esse foi o primeiro indiciamento de um integrante do primeiro escalão do governo Lula. Questionado sobre o caso, Lula mencionou que, se a Procuradoria Geral da República (PGR) indiciar Juscelino, ele será afastado: “Enquanto não houver indiciamento, ele fica como ministro; se houver, ele será afastado”.

Em resposta, o ministro criticou a investigação, alegando que apenas indicou emendas parlamentares para obras, cuja execução e fiscalização são de responsabilidade do Poder Executivo. Ele afirmou que a investigação “revira fatos antigos” e é “uma ação política e previsível”.

Segundo relatório da Controladoria-Geral da União (CGU), a pavimentação das estradas, financiada por emendas indicadas por Juscelino, beneficiou propriedades dele e de seus familiares.

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