Alcançado pelo Marrapá nesta quinta-feira, o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, evitou comentar o fato de Edilázio Junior, presidente estadual do partido, ter se tornado alvo da operação da Polícia Federal denominada “18 Minutos”. A ação, autorizada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), desmantelou na quarta-feira um suposto grupo criminoso que, desde 2015, operava nos bastidores da justiça e da advocacia no Maranhão, perpetrando golpe de R$ 14 milhões contra o Banco do Nordeste.

Questionado sobre a permanência de Edilázio na liderança do PSD durante as investigações, Kassab não se pronunciou.

Edilázio, que também é assessor da Petrobras no governo Lula e genro da desembargadora afastada Nelma Sarney, está sob investigação por suposto envolvimento no esquema criminoso. Nelma Sarney também é investigada por suspeita de manipulação de decisões judiciais para favorecer o grupo. Outros assessores e sócios do ex-deputado são mencionados no inquérito obtido com exclusividade pelo Marrapá e encaminhado a Kassab por WhatsApp.

O STJ determinou medidas contra os alvos da operação, incluindo monitoramento eletrônico, bloqueio de bens, quebra de sigilo e afastamento de cargos públicos.