Ricardo Lewandowski, o novo ministro da Justiça e Segurança Pública no governo de Lula, passou o “passaralho” na equipe que acompanhava Flávio Dino no Palácio da Justiça.

Empoderado pelo presidente petista, o ex-ministro do Supremo montou uma equipe técnica com experiência e vivência no ramo do Direito e na área de segurança, um dos pontos fracos do Governo Federal no primeiro ano da gestão de Lula.

Da “turma do Maranhão”, apenas o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, o dentista Antonio Fernando Oliveira, permanece. Rafaela Vidigal e Larissa Abdalla seguem com Dino rumo ao exílio político no STF.

Ricardo Cappelli, que foi cotado para várias posições desde que foi defenestrado por Lewandowski, assume uma sinecura sob a asa de Geraldo Alckmin no pombal do PSB. Na visão de uma fonte do Marrapá nos corredores do poder em Brasília há 30 anos, se fosse concebido por Kafka, o ex-número dois de Dino seria narrado como um personagem que “após perder seu cargo no governo, ser desprezado e ter sonhos intranquilos à noite, percebeu que havia se transformado num piolho ao acordar, ponto para ser presidente de um órgão minúsculo”.

Rafael Velasco Brandini, conhecido por recepcionar a “Dama do Tráfico” no Palácio da Justiça, também deixa a pasta. Em seu lugar na Secretaria Nacional de Políticas Penais, entra o então titular da Secretaria de Justiça do Espírito Santo, André Garcia. O administrador e bacharel em Direito, Diego Galdino, assume cargo estratégico na vice-governadoria para auxiliar diretamente Felipe Camarão depois de recusar convite para uma das diretorias do Tribunal de Justiça do Maranhão. Carlos Alberto Leitão de Sousa Júnior e outros comunossocialistas de segundo e terceiro escalão serão devolvidos ou ainda buscam abrigo no governo de Carlos Brandão.

Em uma cerimônia mais cedo, Lula garantiu que Lewandowski não precisa ter compromisso com membros levados por Dino. O ministro parece ter levado o conselho a sério.