Na sessão desta quinta-feira (21) na Assembleia Legislativa, pouco antes de Ricardo Cappelli receber medalhas no Palácio Manuel Beckman, o vice-presidente da Casa, Rodrigo Lago, ecoou publicamente o discurso dos comunistas em reação à demissão de líderes do ex-partido de Flávio Dino pelo governador Carlos Brandão (PSB), confirmando as informações divulgadas pelo Marrapá no início da semana.

Nos últimos meses, dezenas de líderes foram exonerados de hospitais e cargos de articulação política. O partido ainda alega ter menos espaço que o PT no governo estadual, o qual possui mais secretarias e outros cargos de segundo escalão. Entre os comunistas defenestrados por Brandão nas últimas semanas, encontram-se camaradas de alto escalão como Elizangela Lucena, irmã do vereador de Presidente Dutra, Ricardo Lucena; Manoel Carvalho, que é diretor da Agerp em Balsas e presidente do PCdoB no município. Sebastião Ciba, que preside o PCdoB em Coroatá, também perdeu a articulação política de Codó, assim como Cabecinha, o diretor da Agerp em Zé Doca, e Anarã Correia, que dirigia o hospital regional de Santa Inês e é esposa do vereador do município, Marquinhos Correa (PCdoB).

Membros do PCdoB também são atacados pela imprensa ligada ao governo, que o diga o ex-presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, Othelino Neto, e reclamam por descobrir as mudanças em postos da administração estadual por blogs e em grupos de WhatsApp. Os comunistas, contudo, repetem que “quem tem como pagar, não deve nada” e esperam pelo movimento natural da ascensão do vice-governador Felipe Camarão (PT) ao Palácio dos Leões, que pode até ser precipitado com a ida de Flávio Dino para o Supremo Tribunal Federal.